sábado, 5 de abril de 2014

O que você sabe sobre Fundo de Investimentos ?

Um fundo de investimento é, uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, não possuindo personalidade jurídica,e sendo constituído tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.
A administração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível de risco.

Dependendo do tipo de fundo, as carteiras geralmente podem ser mais diversificadas ou menos diversificadas, podendo conter ativos de diversos tipos tais como ações, títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros, títulos públicos, entre outros. Todo o dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes da carteira, proporcionais ao capital investido. O valor da cota é atualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia.
Exemplo em números :
Um investidor aplica R$ 5.000,00 em cotas de determinado fundo de investimento que, na data da aplicação, possui um patrimônio líquido de R$ 600 milhões e 3 milhões de cotas.
A partir destas informações podemos calcular:
O valor da cota na data da aplicação: R$ 6.000.000,00 / 3.000.000 = R$ 2,00.
Valor da Cota = Patrimônio Líquido / Número Total de Cotas
O número de cotas adquiridas pelo investidor: R$ 5.000,00 / R$ 2,00 = 2.500 cotas.
Número de Cotas = Valor Aplicado / Valor da Cota

Por que aplicar em fundos?
A principal vantagem dos fundos de investimento é possibilitar que diversos investidores concentrem recursos para aumentar seu poder de negociação e diluir os custos de administração.
Algumas modalidades de investimento exigem volumes muito altos de recursos, tornando-se inacessíveis para os pequenos investidores. Os fundos de investimento, por reunirem recursos de um grande número de investidores, permitem o acesso a diversos ativos e conseguem muitas vezes condições mais favoráveis em relação a investidores isoladamente. Além disso, ao aplicarem seus recursos em fundos de investimento, os investidores contam com profissionais especializados, dedicados exclusivamente à gestão dos recursos.
Diante da grande variedade de fundos de investimento disponíveis no Brasil, recomenda-se que o investidor procure se informar sobre os custos relacionados a este investimento.
De acordo com as normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), todos os custos de um fundo de investimento devem ser obrigatoriamente descontados durante o cálculo do valor da cota e, consequentemente, da rentabilidade divulgada. Portanto, ao compararmos a rentabilidade entre fundos de investimento, não estamos comparando apenas o desempenho dos ativos objeto de cada fundo, mas sim a relação destes com os custos envolvidos na operação. Para descobrir os custos incidentes sobre um fundo de investimento será sempre necessário consultar o seu regulamento. Estes são os principais tipos de custos que podem incidir sobre o fundo de investimento que você escolheu para investir: taxas (taxa de administração, taxa e performance, taxa de entrada e taxa de saída), despesas operacionais (corretagem, custodia e liquidação financeira de operações e auditoria) e impostos (IR e IOF).

Quais os riscos desta aplicação ?
Na hora de investir, é fundamental saber qual a tolerância ao risco do investidor para traçar uma estratégia. Para escolher a melhor estratégia de investimento para o seu perfil, é fundamental conhecer a sua tolerância ao risco, que expressa a volatilidade a que o investidor está disposto a tolerar. Há três tipos de risco: risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez. Todos estão interligados e um pode ser consequência do outro.
Risco de Mercado
Risco de mercado é o tipo de risco relacionado às variações do próprio mercado, ou seja, à desvalorização ou valorização de um ativo que compõe a carteira do fundo de investimento. Essa variação pode ser influenciada por acontecimentos políticos, econômicos e particulares de determinado segmento ou empresa. Quanto maior a volatilidade do ativo, ou seja, a oscilação do preço em relação à sua média, maior é o seu risco de mercado.
Risco de Crédito
Risco de crédito é a possibilidade da contraparte não cumprir suas obrigações, parcial ou integralmente, de pagamento dos juros ou do principal na data combinada. A contraparte, neste caso, pode ser o emissor do título que o fundo de investimento compra. O investidor aceita um investimento com alto risco de crédito pela compensação de obter maior rentabilidade.
Risco de Liquidez
Risco de liquidez consiste na eventual dificuldade que o administrador possa encontrar para vender os ativos que compõem a carteira do fundo de investimento, ficando impossibilitado de atender aos pedidos de resgate do investimento. Neste caso, eles podem ser obrigados a liquidar os ativos dos fundos a preços depreciados para fazer frente a resgates, o que poderá influenciar negativamente o patrimônio líquido do fundo de investimento. É o que pode ocorrer, por exemplo, no caso de uma crise financeira mundial.
Os fundos de investimentos devem ser considerados pelo pequeno investir para algo de longo prazo, pois conforme citações nos textos acima, há muita volatilidade e baixa liquidez, desta forma não poderá contar com este dinheiro rapidamente. Quem investiu em fundos nos últimos meses, viu exatamente o que foi descrito aqui, mas se o investimento foi planejado para longo prazo, a paciência será sua aliada.

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